Informes 30/abr 2020

INFORMATIVO MICHAELIS
30 de ABRIL de 2020

www.michaelis.org.br

Querida Comunidade Educadora Waldorf Michaelis,

A partir de hoje teremos aqui no Informativo um pequeno presente para toda a comunidade escolar: receitas de algum alimento delicioso e saudável para cozinharmos em nossas casas.

A proposta é que possa ser um momento para a família se reunir e preparar com alegria o alimento, lembrando sempre de tomar os cuidados necessários para a participação dos pequenos. Hoje a nossa receita será a de um dos deliciosos pães que fazemos na escola, fornecida pelo professor de classe do 3º ano Josué de Melo, que está toda segunda fazendo pão com a sua turma. Confira na sessão FIQUE LIGADO. Bom apetite!

AGENDA DE 30/ABRIL a 07/MAIO

   É HOJE! – 30/ABRIL – QUINTA – PRAZO FINAL PARA ENVIO DO FORMULÁRIO DA “REDE SOLIDÁRIA MICHAELIS”

Através do banco de talentos, que será criado e divulgado a partir das respostas do formulário, teremos uma linda oportunidade de reforçar o potencial de apoio mútuo de nossa coletividade educadora.
Acesse: https://forms.gle/s5bvT5ZEFxEwmidZA


“Confiança é uma das palavras de ouro que, no futuro, deverão dominar a vida social. Amor pelo que se tem a fazer é a palavra de ouro. E, no futuro, serão socialmente benéficas as ações que forem realizadas por amor aos homens em geral”.

Rudolf Steiner

 

 01/MAIO – SEXTA – FERIADO – NÃO HAVERÁ REUNIÕES DE ACOMPANHAMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL

02/MAIO – 15h – SÁBADO – ENCONTRO PAIS E PROFESSORES (Berçário e Maternal)

Queridas famílias do Berçário e Maternal,

Queremos convidá-las para encontros quinzenais on-line, aos sábados, a fim de tratarmos de assuntos relacionados à pedagogia Waldorf. Estamos preparando temas bem importantes a serem abordados com vocês.

Começaremos neste sábado. Colocaremos os links de acesso através do aplicativo Zoom nos respectivos grupos de Whatsapp das turmas. Todos serão muito bem-vindos!

Até lá,
Corpo docente do Berçário e Maternal.

FIQUE LIGADO!

 PREMISSAS FIRMADAS NA CRISE

Durante a quarentena, as esferas da escola estabeleceram os seguintes acordos:

  • Não rescindir contratos de funcionários e prestadores de serviços;
  • Manter o espírito fraterno e solidário junto aos colaboradores e famílias;
  • Manter o canal aberto com as famílias através da comissão de Práticas Econômicas;
  • Acompanhar e avaliar o plano de ação semanalmente;
  • Apoiar a sustentação mínima dos prestadores de serviços.

 ÉPOCA DO OUTONO (Educação Infantil)

Aprecie a beleza e a riqueza deste material distribuído pelas professoras para a Educação Infantil, inaugurando a Época do Outono com este segmento.

Veja AQUI o documento da Época de Outono.

 

⛔   ERRATA – ÉPOCA DO OUTONO (Educação Infantil)

A música “Outono” é de autoria de Diana Cardinot e Maria José da Silva (e não de autoria desconhecida como foi mencionado no primeiro arquivo enviado aos familiares por e-mail).

 DOAÇÃO: COMPUTADORES PARA PROFESSORES (Fundamental)

Duas de nossas professoras do Fundamental estão com dificuldade de acesso às ferramentas digitais em casa. A quem por ventura tiver alguma máquina inativa, por gentileza, entrar em contato com gestao@michaelis.org.br. Desde já agradecemos!

 ACOLHIMENTO DAS CRIANÇAS NA QUARENTENA

As crianças têm muito menos possibilidade de verbalização e de racionalização do que os adultos. Sob o impacto da pandemia e do confinamento, elas podem vivenciar ansiedades e angústias que não percebemos ou desconhecemos. Não sobrecarregá-las neste momento vem sendo a premissa de muitos cuidadores.

Os aspectos curativos da nossa pedagogia podem ser úteis para acessar os sentimentos e necessidades delas. É sob essa premissa que a frente emergencial da Pedagogia Waldorf, chamada de Pedagogia da Emergência, atende aos chamados de todas as partes do mundo para auxílio a crianças impactadas por catástrofes naturais, conflitos armados etc.

Na sessão APROFUNDANDO NA ANTROPOSOFIA, trazemos os princípios e sintomas da traumatologia e as ferramentas terapêuticas da Pedagogia da Emergência como fontes de recursos para atuarmos não só com nossas crianças, mas também para ampliarmos nossa percepção integral acerca dos “filhos” desta pandemia e desta época.

 RECEITA DA SEMANA – Pelo professor Josué de Melo (3º ano)

Apresentamos hoje uma receita de pão que muitos da nossa escola já fazem uso (e aprovam), fornecida pela professora de alemão Marina Michahelles. E para enriquecer ainda mais este momento, segue abaixo um poema de Ruth Salles, “A fornada”, sobre a feitura do pão, que pode ser recitado antes de se colocar a mão na massa, e/ou durante.

Acesse AQUI o áudio do poema de Ruth Salles, recitado pelo professor de Arte da Fala Plínio Marcos.

Acesse AQUI o áudio da Canção do Padeiro
Compadre Padeiro
Letra e Música: Marcelo Petraglia
Violão e voz: Benita Michahelle

A FORNADA

Ruth Salles

Nas mãos do padeiro
já dança a farinha
ao ser peneirada
e bem arejada.
Juntando água e sal,
depois o fermento,
a massa se forma
num breve momento.
E as mãos do padeiro
trabalham ligeiro.
Que força ele tem!
Amassa tão bem!
A massa, depois,
é posta a deitar.
Num quarto bem quente
irá descansar.
Que faz essa massa
assim a dormir?
Pois cresce e parece
que até vai fugir!
Mas logo o padeiro
a toma na mão,
formando com ela
as formas de pão.
A lenha deixou
o forno aquecido.
De cinza clarinha
o forno é varrido.
E ainda o padeiro
trabalha ligeiro:
ao forno já vão
as formas de pão.
Que cheiro tão bom
vem vindo de lá!
Será que a fornada
prontinha estará?
Os pães, com certeza,
sussurram baixinho:
– Já estamos no ponto,
meu bom padeirinho!

Receita:

  • 500 gramas de farinha integral de trigo ou de centeio;
  • 300 gramas de farinha branca (pode-se colocar 500 g também, deixando a proporção de meio a meio entre as farinhas);
  • 1 sachê de fermento biológico seco (10g);
  • 500 ml de água morna;
  • 2 colheres de sopa de açúcar mascavo;
  • sal a gosto.
    Opcional: pode temperar o pão com ervas a gosto (pode ser alecrim, tomilho, manjericão etc., secos ou frescos). Para um pão mais doce, passas; e para dar crocância à massa, castanhas, amêndoas ou grãos de girassol.

Com as crianças menores, ideal que as quantidades de farinha e água sejam medidas com objetos da cozinha, já que ainda não estudaram sobre medidas de peso.

Sendo assim, poderiam ser feitas as seguintes medidas:

2 xícaras de chá de farinha de trigo integral; 1 a 2 xícaras de chá de farinha de trigo branca e 2 xícaras de chá de água morna.

Modo de preparo:

Tome cuidado para não entrar vento no ambiente no qual você vai fazer o pão, pois isso atrapalha a ação do fermento e o crescimento da massa. Reserve um pouco de água morna numa xícara (a água deve ser aquecida até no máximo 40º, ponha o dedo para ver se não está quente demais), acrescente o açúcar mascavo e o fermento, misture e dissolva bem e deixe crescer por cerca de cinco minutos até a massa parecer um café capuccino cremoso.

Numa tigela coloque a farinha integral e faça uma “covinha” no meio, depositando nela o fermento. Acrescente o restante da água morna, misture tudo com uma colher de pau, acrescente o sal e os temperos adicionais. Vá então acrescentando a farinha branca até você perceber que dá para misturar e sovar com as mãos.

Uma dica importante é “secar” a massa com a farinha até o ponto em que a massa não gruda mais nas mãos.

Se for necessário, acrescente mais um pouco de farinha branca, de forma que a massa não fique nem seca nem úmida demais. Sove bastante, depositando todo seu amor até que o pão fique quentinho. Retire um pedacinho da massa e reserve em um copo com água. Ela indicará quando a massa já tiver fermentado o suficiente para ir ao forno, subindo até a superfície da água (e as crianças adorarão o fenômeno).

Esta receita rende dois pães médios, de preferência assados em formas inglesas. Mas dá para fazer em forma normal também, em formatos a gosto. Unte as formas com um pouco de azeite ou óleo de girassol, enrole os pães do seu jeito preferido e, com um garfo, faça furinhos na superfície para ajudar no crescimento. Com uma faca, faça sulcos por cima dos pães e coloque-os para descansar por 40 minutos aproximadamente, num lugar sem vento e o mais quentinho possível, para eles poderem crescer bem. Deixe-os em um local fechado ou mesmo coberto com panos de prato, por exemplo, tomando cuidado para que haja espaço para o pão crescer, pois ele dobra de tamanho.

Pré-aqueça o forno por 15 minutos em fogo médio e deixe-o assando os pães por aproximadamente 45 minutos. Vai depender um pouco do tamanho de cada pão. Se forem pães grandes pode levar um pouco mais de tempo, até aproximadamente 55 min. Após tirar os pães do forno, deixe-os esfriar por 10 minutos e depois tire-os das formas para que possam esfriar sem suar. Aproveite para provar do pão enquanto ainda estiver morno e fresquinho!

Bom apetite!

CONVITE AOS ADULTOS – DESENHO DE FORMAS

O desenho de formas fortalece, através da repetição consciente, a nossa vontade.

Inicialmente podemos sentir dificuldade de captar e estruturar a ordenação das linhas, mas, aos poucos, através da prática, esse exercício nos conecta à forma apresentada, despertando interiormente suas qualidades.

A perfeição da forma não é o objetivo final, mas sim seu equilíbrio.
Neste momento de quarentena, estando confinados em casa, manter o fluxo do movimento vivo pode trazer saúde!

 

 # QUARENTENA – PRORROGAÇÃO ATÉ 11/MAIO (Estado|Fundamental) e 15/MAIO (Prefeitura|Infantil)

Cumprindo:

* As publicações do Diário Oficial do Estado e da Prefeitura do Rio de Janeiro de 30 abril de 2020 estendendo a quarentena até 11 e 15 de maio de 2020 respectivamente (acesse-as AQUI e AQUI)

* A Deliberação nº 376 do Conselho Estadual de Educação (acesse aqui) de 23 de março de 2020;

* E observando os “Dez Princípios para a Educação no Mundo Digital” e a declaração relativa à infância saudável “Telas e dispositivos digitais – Navegando nas ondas da tecnologia para uma infância saudável”*(acesse aqui)

Estruturamos o desenvolvimento das atividades escolares durante a quarentena através do envio do ritmo mensal da Educação Infantil e de atividades e tarefas diárias do Ensino Fundamental pelos professores aos pais através das ferramentas digitais disponíveis.

Dando início ao processo, os materiais dos alunos do Fundamental que estavam na escola foram enviados às suas casas, observando os protocolos de higiene e informando sobre o tempo de sobrevida do coronavírus nas superfícies e materiais.

Foi estabelecida a rotina de reuniões de classe às sextas-feiras, on line, dos docentes do Fundamental com os pais de suas turmas, para acompanhamento das tarefas de casa.

*Fonte: FÓRUM INTERNACIONAL DO MOVIMENTO DA PEDAGOGIA WALDORF (antigo Círculo de Haia), órgão criado pela Seção Pedagógica do Goetheanum (2016 a 2019).

O QUE VEM POR AÍ

 09/MAIO – SÁBADO – 9 às 11hs – RETIRO DE ORÇAMENTO (ON-LINE) 

No modelo associativo praticado pela Michaelis as decisões econômicas que tangem a comunidade são debatidas e tomadas nos Retiros de Orçamento semestrais. Nesse encontro, apresentaremos o cenário econômico-financeiro e as possibilidades futuras para que, juntos, possamos enfrentar a crise atual e o que a realidade nos apresenta. Todos os membros da comunidade estão convidados e são necessários nesse amplo debate para envolvimento nas escolhas que constroem a nossa escola.

A reunião semestral, que conflui toda a comunidade, será on-line em plataforma digital. Maiores informações no Informativo da próxima semana.

 09/MAIO – FESTA SEMESTRAL – Ensino Fundamental – Cancelada

A festa, que foi cancelada, dará lugar a uma bela exposição pedagógica dos trabalhos realizados pelos alunos durante a quarentena na ocasião de seu retorno à escola!

 14/MAIO – QUINTA – 19 às 20h30 – PALESTRA “MEDITAÇÃO NA ANTROPOSOFIA – OS EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES”.

Palestra a ser ministrada pelo Ramo Rudolf Steiner do Rio de Janeiro. Reserve a data!

 

 APROFUNDANDO NA ANTROPOSOFIA

  PEDAGOGIA DA EMERGÊNCIA

Os traumas podem manifestar-se como distúrbios rítmicos, bloqueios, enrijecimento, distúrbios nas relações, experiências de vivência do limiar da morte etc.

A Pedagogia da Emergência visa restabelecer a propriocepção corporal através de atividades que requerem o pensar, o sentir e o fazer e recobrar as forças vitais como um todo através do trabalho amplo dos sentidos, abarcando o sentido do tato, o sentido da vida, o sentido do movimento e o sentido do equilíbrio. Bem como através do fortalecimento das relações, do contato corporal, do suporte, da proteção, da segurança, dos ritmos, dos rituais e da vinculação espiritual.

Trabalhando-se para o equilíbrio rítmico, mobiliza-se, de forma reflexa, os três membros corporais que podem ter convergido a expressão sintomática do impacto traumático: as conformações nervosas (cabeça), rítmicas (tronco/coração e pulmão) e metabólico-motoras (órgão do metabolismo e membros), a partir da seguinte premissa: “Sintomas são reações normais a acontecimentos anormais”.

A inovação da abordagem encontra-se em não se ater somente à palavra para que o corpo inteiro e todos os âmbitos da afirmação da vida e da dignidade expressem-se conjuntamente, acionando as potências curativas de forma integral.

A Pedagogia da Emergência­­* foi criada pelo professor alemão Bernd Ruf, explorando o potencial terapêutico da Pedagogia Waldorf e das postulações antroposóficas. Durante a experiência traumática, as partes do cérebro mais profundas e arcaicas do ser humano são acionadas: o sistema límbico responde pelas emoções arraigadas e o cérebro reptiliano, através da amígdala, age de acordo com os impulsos instintivos evolutivos disponíveis: a luta, a fuga ou a paralisia.

Primeiramente, o ajudante de emergência deve manter a calma, pois crianças traumatizadas precisam de adultos com estabilidade psíquica. Então, a equipe estabelece o plano de ritmo diário dos atendidos, visando restabelecer a propriocepção corporal através de atividades que requerem o pensar, o sentir e o fazer. Para este fim, são fixados ritmos para: alimentação saudável, cultivo dos cuidados pessoais, jogos, danças, brincadeiras, dinâmicas de cooperação grupal, movimentos, expressão do acontecimento, esportes, relaxamento, atividades artísticas (desenhos livres, aquarelas, desenhos de formas, canto, criação de músicas, danças, modelagem etc.).

Trabalhando-se para o equilíbrio rítmico, mobiliza-se, de forma reflexa, os três membros corporais que podem ter convergido a expressão sintomática do impacto traumático: as conformações nervosas (cabeça), rítmicas (tronco/coração e pulmão) e metabólico-motoras (órgão do metabolismo e membros), a partir da seguinte premissa: “Sintomas são reações normais a acontecimentos anormais”.

Os traumas podem manifestar-se como distúrbios rítmicos, bloqueios, enrijecimento, distúrbios de relações, experiências de vivência do limiar da morte etc. Eles podem se manifestar de forma simples, múltipla, sequencial, progressiva, verbal e de relação (de forma aguda ou crônica).

No caso da cabeça, que é redonda, dura, fria, responsável pelo pensamento e a vigilância, os sintomas reflexos são a amnésia ou rememorações do choque, irritabilidade, nervosismo, desconcentração e dor de cabeça. Para estes acometimentos, são recomendados os exercícios de concentração e do olhar. As rodas de conversa lhes são benéficas e revitalizantes.

Já o tronco é um membro medial de compensação, responsável pela pulsação e a respiração; o sentir e o sonhar. Suas reações de sobrecarga são a asma, a incapacidade de sentir, os distúrbios cardíacos, o medo, o pânico, o pesadelo, a agressividade e a agressão, a raiva, a depressão e a culpa. A intervenção pedagógica de emergência resgata o ritmo corporal através do restabelecimento da rotina de cuidados pessoais diários, da ritualização, do apaziguamento da respiração e das atividades artísticas (pintar, desenhar, recitar e cantar) – impactando na produção dos sonhos.

Finalmente, os membros e a barriga são responsáveis pelo metabolismo e os movimentos locomotores, pelo agir e o descansar. Ao contrário da cabeça, que é fria e dura, estes são macios e geram perda de calor. Sua sintomatologia abarca distúrbios gástricos e alimentares, letargia, fuga de certas situações, paralisia ou hiperatividade, insônia. As ações práticas são as suas vias curadoras: massagens, compressas, brincadeiras de movimento, caminhadas, executar projetos e trabalhos manuais terapêuticos.

As manifestações sintomáticas ocorrem de forma idiossincrática em cada sujeito, em um ou mais membros, condicionadas tanto pelos fatores individuais e do meio quanto pelos fatores de risco e de proteção. Ou seja, as trajetórias e as formas de vida, as personalidades e os temperamentos, as patologias prévias, a capacidade de resiliência e as redes de apoio são determinantes das configurações das reações patológicas físicas e emocionais e das possibilidades de superá-las.

A pedagogia visa recobrar as forças vitais como um todo através do trabalho amplo dos sentidos, abarcando o sentido do tato, o sentido da vida, o sentido do movimento e o sentido do equilíbrio. Bem como através do fortalecimento das relações, do contato corporal, do suporte, da proteção, da segurança, dos ritmos, dos rituais e da vinculação espiritual.

Pode parecer contraditório estimular as forças motoras/criativas e a alegria das crianças em catástrofes e perdas nas quais imperam a tristeza, o desalento e o desamparo. Porém, este é exatamente o fator de sucesso da intervenção pedagógica de emergência. Crianças têm muito menos possibilidade de verbalização e de racionalização do que os adultos. A inovação da abordagem encontra-se em não se ater somente à palavra para que o corpo inteiro e todos os âmbitos da afirmação da vida e da dignidade expressem-se conjuntamente, acionando as potências curativas de forma integral.

A intenção e a vontade firmes de acolhimento e de cura advindas dos adultos reintroduzem nas crianças a confiança no outro e no mundo, ensejam o encorajamento e introduzem em seus percursos a possibilidade de renovação e de superação. Todo ser humano pode beneficiar-se de vivências como estas proporcionadas pela Pedagogia de Emergência. Diga-se, toda pedagogia é de emergência como esta: emergência da vida, do encontro, das potencialidades, do amor.

Resumo das oficinas ministradas pela equipe da Pedagogia da Emergência/Brasil nos dias 03 e 04 de março de 2018. Texto: Fernanda Sansão Hallack, mãe de dois filhos na Escola Waldorf Michaelis.

* Suas equipes atendem chamados de toda parte do mundo para auxílios emergenciais em abrigos, acampamentos, estabelecimentos assistenciais e escolas a crianças impactadas por catástrofes naturais, conflitos armados, guerras etc. Elas retornam frequentemente à Faixa de Gaza, um dos lugares conflagrados mais críticos e impactantes, conforme relatam. Idealmente, a assistência deve ocorrer um a dois dias depois do choque agudo ou, no máximo, dentro de oito semanas, enquanto a cronicidade ainda não se instalou e há maior permeabilidade aos processos curadores. Nos momentos agudos, visa-se prioritariamente a valorização da vida, o aprofundamento das relações com os outros, o aprofundamento espiritual e religioso e o amadurecimento da personalidade – no sentido de transformar a crise em chance e de gerar o crescimento pós-traumático.
“O bem de uma totalidade de pessoas que trabalham juntas será tanto maior quanto menos cada indivíduo solicitar o produto de suas realizações para si, isto é, quanto mais entregar dessas realizações para seus colaboradores, e quanto mais suas próprias necessidades forem satisfeitas, não por meio de suas próprias realizações, mas pelas realizações dos outros.”
Rudolf Steiner
 

Obrigado!



Realização: Comissão de Comunicação
Sugestões: comunicacao@michaelis.org.br