Você tem curiosidade em conhecer a Pedagogia Waldorf? Então, aproveita!
Nesta série de postagens de textos da Professora ALine contamos como a Pedagogia Waldorf enxerga o ser humano e atua em seu desenvolvimento integral.
A CRIANÇA NO 2o SETÊNIO
A partir de hoje abordaremos – o segundo ciclo do desenvolvimento humano – que engloba o período de vida que vai da troca de dentes até a chegada da puberdade, aproximadamente dos 7 aos 14 anos de idade.
Passado o período da vida destinado a constituição do corpo físico no 1o setênio, a criança nos dá sinais de que sua estrutura física está formada e é chegado o tempo dessas forças formativas, que antes se ocupavam em totalidade do corpo físico, liberarem-se em grande parte desta tarefa e voltarem-se para capacidade de aprender.
É como se a casa que estivesse sendo construída ficasse pronta e agora a tarefa deste grande arquiteto – o corpo vital ou funcional – passasse a ser cuidar de sua manutenção e adorná-la.
O grande sinal desta mudança de setênios é observável na boca – aparecimento do 1° molar permanente e troca de um dos incisivos – que junto a outros sinais, demonstram que a criança participante do jardim de infância, está madura para fase de escolarização.
O que não significa de modo algum que ela esteja apta a um ensino meramente intelectualizado.
Não é mecanicamente que a criança do 2o setênio apreende os conteúdos, mas através do sentimento. A criança, ao compreender o que outra pessoa fala (a imagem que lhe transmite), recria essas imagens vivas em sua própria consciência. Como coloca Piaget, é o “pensar em imagens”. Assim, a criança se liga aos conteúdos pelas imagens que vivenciou.
O professor de classe, que aqui assume a tarefa de apresentar um mundo belo para este ser ávido por conhecê-lo, trará os conteúdos com arte através de sua fala, poesias, músicas, declamações, gestos plenos de sentido, lindas lousas desenhadas… E absorvendo com o coração os conteúdos trazidos desta forma, a criança se vinculará a eles pelo sentimento e assim acontecerá o aprendizado.
Texto: professora Aline Aparecida